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Uma mão com um celular com a tela amarela e o título Setembro Amarelo: vamos refletir sobre a hiperconectividade e nossa saúde mental?

Setembro Amarelo: vamos refletir sobre a hiperconectividade e nossa saúde mental?

  • Postado por D'lucca & Jota Comunicações
  • 29/09/2025
  • Digital, Saúde, Setembro amarelo

Como profissionais da comunicação, temos a oportunidade de conduzir narrativas que transformem excesso em oportunidade de conexão humana. 

No mundo de hoje, estar sempre conectado pode parecer inevitável, mas essa hiperconectividade pode trazer consequências importantes para a nossa saúde mental. Isso porque o excesso de informações provoca ansiedade e sobrecarga, enquanto as redes sociais intensificam comparações que geram sentimentos de inadequação, baixa autoestima e isolamento. Para completar, a mistura entre trabalho, lazer e descanso também fragiliza o equilíbrio emocional, além disso, a expectativa de estar sempre disponível reforça a culpa e o estresse, como se desconectar fosse impossível. 

Em tempos de Setembro Amarelo, vale a reflexão. Afinal, estamos realmente atentos ao nosso estado mental em meio a esse mar de estímulos?

A promessa dos novos recursos digitais e o impacto na saúde mental 

Em 2025, duas novidades lançadas pela Meta ilustram a aceleração da hiperconexão digital. Isso porque uma das ferramentas é o Picture-in-Picture (PiP), que permite que os usuários continuem assistindo a vídeos mesmo fora do aplicativo, em uma pequena janela flutuante que fica ativa enquanto realizam outras tarefas. O objetivo é aumentar o tempo de retenção e estimular o multitasking no Instagram, acompanhando funcionalidades já presentes em plataformas como YouTube e TikTok.1

Já o Writing Help, do WhatsApp, traz a inteligência artificial para dentro das conversas do aplicativo. Por exemplo: o recurso oferece sugestões de escrita em diferentes estilos (profissional, engraçado ou solidário), permitindo que mensagens sejam adaptadas ao tom desejado pelo usuário. Portanto, a promessa é ajudar quem “sabe o que quer dizer, mas não como dizer”, facilitando desde comunicações de trabalho até interações pessoais.2 

Essas ferramentas reforçam a tendência atual de integrar a IA e a mídia digital em cada vez mais momentos do cotidiano, o que transforma a forma como trabalhamos, nos comunicamos e consumimos conteúdo. O apelo em torno delas está relacionado a mais praticidade, mais criatividade e mais acesso. Mas, diante dessas promessas, é prudente nos perguntarmos:

Até que ponto tanta conveniência não acaba intensificando uma hiperconexão nociva à saúde mental? 

Excesso de telas e saúde mental: o que dizem os estudos 

O dilema fica mais evidente quando observamos os efeitos do multitasking digital. Embora a prática de realizar várias tarefas ao mesmo tempo possa parecer eficiente, estudos apontam que ela compromete a concentração, prejudica a memória de curto prazo e reduz a qualidade das decisões. Por isso, ao exigir que o cérebro faça transições constantes entre atividades, a multitarefa eleva os níveis de estresse e pode contribuir para problemas de saúde mental como ansiedade, depressão e burnout.3

O excesso de telas está associado a impactos negativos na saúde mental e cognitiva. Isso porque estudos apontam uma relação entre tempo prolongado diante de dispositivos e o aumento de estresse, ansiedade e sintomas depressivos. Além disso, também causa alterações no sono e na atenção.5

Qual o papel da regulação das big techs na proteção da saúde mental? 

Tudo isso não se trata apenas de uma preocupação individual, pois a questão já entrou no radar de organizações internacionais. Em 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou o relatório World Mental Health Report, que destacou o impacto da tecnologia na saúde mental de jovens e adultos e defendeu medidas como limites de tempo de tela e regulação de plataformas.6  

Na Europa, a Comissão Europeia vem testando medidas de segurança para o uso da internet por crianças e adolescentes. Por exemplo, eles estão implementando um aplicativo de verificação de idade em países como França, Dinamarca, Itália, Grécia e Espanha. Como resultado, o debate ganhou força diante do aumento de crimes cibernéticos contra menores e já levou, em alguns países, à sugestão de proibir o uso de redes sociais por adolescentes abaixo de 15 anos.7 Assim, essas iniciativas mostram que o debate sobre saúde mental e tecnologia se tornou uma pauta de saúde pública global.

O papel dos profissionais de comunicação 

Se o uso da IA na saúde mental exige limites claros, por consequência, a mesma regra se aplica ao cotidiano de quem trabalha com comunicação. Afinal, o desafio é usar a IA como uma aliada estratégica no ambiente profissional, otimizando processos, dados e criatividade, sem deixar que a tecnologia se torne uma fonte de sobrecarga na vida pessoal.8

Um exemplo é o Writing Help: ele pode ser útil em um e-mail profissional, mas, se virar padrão em conversas pessoais, pode empobrecer interações e reduzir a autenticidade das relações. Por isso, delimitar fronteiras entre o uso profissional e o uso pessoal ajuda a preservar o equilíbrio. 

Como profissionais de comunicação, nossa responsabilidade vai além de produzir conteúdo. Também precisamos filtrar, contextualizar e organizar o excesso de estímulos que circula diariamente, entregando não apenas informação, mas sentido. 

Quando optamos por narrativas guiadas pela empatia, em vez de seguir apenas a lógica do algoritmo, abrimos espaço para diálogos que geram conexão em lugar de ruído. Esse cuidado é essencial para que cada mensagem não aumente a sobrecarga, mas favoreça a reflexão, o acolhimento e a proximidade genuína entre as pessoas. 

No contexto das organizações, o caminho passa por treinamentos sobre saúde digital, incentivo à transparência e estímulo a uma cultura de equilíbrio. Afinal, se governos já discutem regulações e líderes digitais pregam a desconexão, então, cabe também às empresas assumirem um papel ativo nesse cuidado.

Em síntese…. 

O Setembro Amarelo reforça que a saúde mental deve ser prioridade em qualquer contexto. E isso inclui refletir sobre os efeitos da hiperconectividade e do excesso de telas na era digital.

Afinal, a inovação não precisa ser inimiga do bem-estar, mas só faz sentido quando praticada com limites e responsabilidade. Talvez, seja hora de aprendermos a silenciar notificações para proteger nossa criatividade, humanidade e equilíbrio. 

Referências: 
  1. SOCIAL MEDIA TODAY. Instagram tests picture-in-picture viewing for Reels. 2025. Disponível em: https://www.socialmediatoday.com/news/instagram-tests-picture-in-picture-for-reels/758917/. Acesso em: 8 set. 2025. 
  2. SOCIAL MEDIA TODAY. WhatsApp adds AI-powered suggestions for DMs. 2025. Disponível em: https://www.socialmediatoday.com/news/whatsapp-adds-ai-powered-writing-assistant/758802/. Acesso em: 8 set. 2025. 
  3. FROLOV, Aleksey. Como a multitarefa pode impactar sua produtividade e saúde mental. 2025. Disponível em: https://revistamedica.com.br/noticias/como-a-multitarefa-pode-impactar-sua-produtividade-e-saude-mental. Acesso em: 9 set. 2025. 
  4. EQFIT. Continuous partial attention: the silent productivity killer and how to remedy it. 2023. Disponível em: https://www.eqfit.org/continuous-partial-attention-the-silent-productivity-killer-and-how-to-remedy-it/. Acesso em: 9 set. 2025.
  5. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Uso excessivo de telas está relacionado à piora da saúde mental em diferentes gerações, revela tese defendida na Faculdade de Medicina da UFMG. Belo Horizonte: UFMG, 2023. Disponível em: https://ufmg.br/comunicacao/assessoria-de-imprensa/release/pesquisa-da-ufmg-uso-excessivo-de-telas-piora-saude-mental-de-diferentes-geracoes. Acesso em: 9 set. 2025. 
  6. WORLD HEALTH ORGANIZATION. World mental health report: transforming mental health for all. Geneva: WHO, 2022. Disponível em: https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/356119/9789240049338-eng.pdf?sequence=1. Acesso em: 9 set. 2025.  
  7. NICOLAU, André. União Europeia testará verificação de idade para uso das redes sociais. CNN Brasil, São Paulo, 22 jul. 2025. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/tecnologia/uniao-europeia-testara-verificacao-de-idade-para-uso-das-redes-sociais/. Acesso em: 9 set. 2025.  
  8. WASHINGTON POST. Gen Z relies on AI for work, but risks losing key skills. 2025. Disponível em: https://www.washingtonpost.com/business/2025/09/08/ai-jobs-loss-entry-level/. Acesso em: 8 set. 2025. 
  9. IBNEURO. O impacto da tecnologia na saúde mental e cognitiva: dicas de uso. 2024. Disponível em: https://ibneuro.com.br/blogs/noticias/o-impacto-da-tecnologia-na-saude-mental-e-cognitiva-dicas-de-uso-para-estimulacao-cognitiva-e-reabilitacao-neuropsicologica. Acesso em: 8 set. 2025. 

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